25 de jun. de 2008

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É... não sei de onde tirei tanta imaginação. Acabei me podando por pensar demais.

Por hora não me reconheço, em meio a racionalidade que insiste em rodear qualquer possibilidade de entrega. E haja desculpas. Em uma tentativa de resoluções, ligo o som, procuro um cd adequado, mudo as estações do rádio, leio o dicionário, e isso tudo até parece ajudar. Mas é medicação paliativa.

Me vejo sendo algo que não me interessa nem um pouco ser. Tento sem titubear entender as razões, a origem de tais atitudes. (In)felizmente a resposta está num futuro breve, que será consumado logo quando o encontro existir; as palavras ganharem o ar próximo aos ouvidos certos; o nervosismo não se refletir em replicante reação desfavorável; as vontades se ajustarem nos desajustados toques e saídas nada triunfantes.

Como entender o outro? Como saber que o que o outro fala é simplesmente x e não z, como insisto em entender. Acabei dando ouvidos demais às racionalidades de uma tal maturidade (ou sei lá o quê), que acredita que nada é o que parece. E convictos disso, disseminam a idéia descabida, e nós, amantes por osmose, caímos como patos na desilusão. Essa que nós mesmo, ou no caso, eu, criei.

Algo precisa dar certo. Talvez deva entender que são testes. Mas o fato é que não estou querendo mais ser testada. Cadê a espontaneidade dos amores? A hora certa dos encontros? Os desajustes normais da vida, que é breve e não há tanto tempo para erros certeiros.

Penso, despenso, penso mais uma vez em fazer o que devia ter feito na primeira vez que te vi e meu arrepio era só um sinal que eu mesma não percebi.

Um comentário:

Nilmar Barcelos disse...

A espontaneidade dos amores e a hora certa dos encontros estão arrombando as retinas e nem nos damos conta.