11 de out. de 2009

A Prender

Difícil a tarefa de separar o joio do trigo quando o assunto é aprendizagem. Geralmente aprendemos as lições da vida de modo subjetivo sem tanta matemática como nos enunciados dos longínquos anos primários, colegial etc. Eis que dessa lição subjetiva que venho falar.

Achei no meu baú (já eletrônico) de cartas, escritos, uma que me chamou a atenção e me tirou por um instante o folêgo. Uma carta que não foi. Escritos cheios de sentimentos, um desabafo claro e sincero. Ficou aqui. Fiquei me questionando sobre a tamanha 'burrice', a contradição que tinha me acometido. Ora, logo eu que sempre gostei das coisas claras e tenho pavor de relações mal resolvidas.

Achei na época que falar seria o melhor. Me enganei. Vejo AGORA que algumas vezes isso pode ser pior. Desgasta, cansa, sofre(m). Ou seja, a lição veio depois de tanto tempo: o silêncio as vezes é o melhor. Ele é ouvido sim.

*Sem regras. Falar continua sendo bom. Falar em demasia que é prejudicial a saúde. Ass. A falastrona que tenta se lembrar disso todos os dias.

Que assim seja das próximas vezes. Que o coração e o silêncio (claro) dele seja mais vibrante que a voz.

2 de out. de 2009

Sobre desconstruir

A importância de desconstruir. Sim, sempre falamos da construção das coisas. Continua sendo um passo lúcido para 'concretizar' algo (aqui pareço reduntante, mas hei de me explicar melhor).

Muitas vezes questiona-se o processo de construção: uns dizem que precisa-se de mais tempo para formalizar (certos) acontecimentos. Pense sobre formalização contínua. Ou seja, constroi-se algo, fazendo. A verdade é: colocar a mão na massa - e o tempo é de cada um. Valorizei esse conselho, que me foi dado por alguém que me quer bem e tem todo zelo por mim (entenda-se pai).


Mas tão importante quanto a construção, é a descontrução. Mais especificamente a (des)construção de um sentimento pungente. Muitas vezes para se viver intensamente, a pressa nos atinge de tal modo, que parece que será a última oportunidade de sermos felizes. É preciso entender que a felicidade nos acomete continuamente! E dar olhos à ela é uma tarefa minuciosa.

...Voltando ao assunto do título, o sentimento precisa do seu momento de desfazer-se. Laços precisam ser desfeitos. A vida se encarrega de preservar e criar outros. Um em cima do outro pode causar nós, desgasta. Para entramos inteiro (se é que isso é possivel) é preciso desfazer-se delicadamente do sentimento. Isso não quer dizer apagar histórias, momentos vividos, tampouco esquecer. É um passo que independe do tempo - mas nesse caso tende a demorar mais um pouquinho, mas chega.

Assim...para não entulhar.