23 de ago. de 2011

COM CHORO E VELA

Eu choro. Choro mesmo. 
Choro de falar de alguém querido. 
Choro ao falar de algum querido em público. 
Choro quando falam de mim na frente de muita gente. 
Choro ao contar uma decisão. Quando é assim, faço com que não vejam.

Já chorei de saudade algumas vezes. 
Chorei no meio da multidão - ou porque tinha a certeza dramática que ia ser pisoteada ou porque me senti sozinha naquilo tudo ou porque queria estar sozinha. 
Choro sempre ao ver programas de tv quando familias se reencontram (o fazem para isso mesmo, e eu caio).

Choro com o fim das relações, para mim, pequenas mortes. 
E morte sempre dói e vira choro. (Alguns hão de negar essa afirmação). 
Choro quando tenho vontade de sorrir e sorrio quando tenho vontade chorar. 
E tanto riso, pode ser nervosismo e que acaba em choro. 
E no meio do chororô, da tristeza, é possível que comece a gargalhar lembrando, já fazendo piada, da "desventura" da vida.

E na maioria das vezes, choro de tanto rir. 
Choro com boas notícias. 
Choro com meus impulsos, obviamente, involuntários, que me deixam desequilibrada e não me reconheço. 
Seguro a onda do choro alheio. 
Falo que choro quando na verdade não chorei...mas no fundo queria ter chorado. 
Choro quando caio e machuco. De susto. 
Aprendi por obrigação que não se pode chorar antes de dormir - acordamos com uma cara horrível. 
Choro com as dores do mundo. 
Choro em um filme bom. 
Choro com as boas ideias anotadas em imagens. 
Continuo me emocionando e enchendo os olhos de lágrimas com música verdadeira. E com torcida no estádio. Enfim, com uma massa em uníssono.

Chorei. 
Choro o choro. 
De qualquer modo, é bom deixar claro que não choro por qualquer coisa.

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