19 de abr. de 2007

Na verdade ninguém podia explicar, o que nem mesmo ela sabia o que indagava. Descobriu que indagava a si mesma.

Com tantos devaneios e rudopeios, ela parou e pensou o que seu pensamento titubiou várias vezes. Ela não sabia o que fazer, afinal se perdeu nos diversos momentos em que tentou disfarçar com todas as caras, bocas e ombros manhosos. Ficou na corda bamba...e caiu!

A queda foi grande, mas havia um colchão, fino...mas havia. Ela sentiu a queda, sentiu a dor, ficou parada alguns instantes,achando na sua dramaticidade, que havia morrido. Era necessário o tombo. Afinal, ela sabia dos riscos (e vamos dizer que ela mesma ajudou a se jogar).

Delicadamente, foi se mexendo. E sem que ninguém percebesse movimentou cada membro que estava estatelado no chão (ó, no colchão). Este, que merecia ser fino, pra se ter noção da dor e do perigo que correu e insistiu. Lentamente foi se levantando. Não triunfalmente como costuma ser.

Singela, limpando a poeira da roupa e do corpo,foi erguendo-se sem olhar muito para os lados. Olhou pra cima, e sem acreditar na altura que tinha caído, ousou por instante se perguntar como chegou até lá.

Ela tinha todas as respostas na ponta da língua, e admitir era uma outra dor. Mas é dor que sara. Nas entrelinhas da vida, nas magias e nas (re)descobertas, tirava a poeira do corpo e os pés do chão para melhor caminhar. E finalmente desejou.
A menina tinha esquecido de sonhar!

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