11 de fev. de 2007

Tinha jasmim no quintal.
Flor de cheiro, que se misturava entre coqueiros, guaiamuns e hibiscos.
Tinha cheiro também de gente nova.
Gente com olhares curiosos e de benção.
Traziam cores para o varal, saliva para as delícias,
sons para compartilhar e silêncios para completar.
A vontade de se encontrar, numa busca por si, não se findava.
Tudo se confundia com o desejo de juntar, comungar.
Areia fofa e quente enrijecia as pernas,
e a pele se queimava no mesmo percurso.
Tudo para ir. Ir ao encontro do mar e dos amigos feitos.
E ir tão longe era prazer, era desejo de sagrar o tempo.
Agora, era jeito de gente indo.
Eram olhos mareados.
Era toda vontade de ficar.
Enfim, era varal vazio.
Era beija-flor fora do ninho.
Era silêncio onde não havia.
Era coração feliz.
Era oração.
Era gente dali.

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